A REVISTA "QUATRO ASES"
O mês de Novembro de 1975 proporcionou à comunidade mágica portuguesa dois factos relevantes que merecem o destaque neste post.
Um deles foi o retomar da publicação da revista QUATRO ASES, após nove anos de interregno. Lembro que a publicação de QUATRO ASES se iniciara em 1958 sob a "batuta" de Dr. António de Meneses e tendo como redactores principais OSODRAC e HERBERT. Essa "primeira vida" de QUATRO ASES duraria até 1966.
Portanto, após nove anos de "hibernação", reapareceu uma revista que havia sido muito elogiada na época, tendo, inclusivamente, sido distinguida, em 1959, com um prémio no Congresso Espanhol de Sevilha. Agora já sem a presença do Dr. António de Meneses (entretanto falecido em Outubro de 1968), mas com a equipa de redactores responsáveis reforçada com JÓNIO e SAIUR, que, seguramente, eram, nessa época, dois dos elementos da comunidade mágica portuguesa mais conhecidos e conhecedores. Esta "segunda vida" de QUATRO ASES viria a terminar no final de 1979, tendo mantido um elevado padrão de qualidade e sendo, ainda hoje um bom repositório de ensinamentos em língua portuguesa para os novos mágicos.
A 1ª CONVENÇÃO PORTUGUESA DE MAGIA
Em 1 e 2 de Novembro realizou-se, em Lisboa um encontro de mágicos portugueses que se designou "1ª Convenção Portuguesa de Magia". Tal encontro incluiu o espectáculo público ISTO É MAGIA, que se realizou no Teatro S. Luiz e de cujo programa se reproduz a capa e a primeira página. Em termos mágicos esta convenção permitiu-me tomar contacto com a criatividade de ALI BONGO, cuja "loucura" eu já conhecia das suas actuações em palco.
A Convenção incluiu uma reunião para discutir os moldes da criação de uma futura associação que englobasse os mágicos portugueses. Da reunião saiu uma comissão constituída por JODIVIL, JÓNIO, Dr. Jorge Teixeira, JOMAGUY e Marques Pinto. Eu e o Sr. Marques Pinto viríamos a abandonar tal comissão na sequência de uma reunião do CIF, que se realizou em 17 de Dezembro.
Nessa reunião, considerando que os ilusionistas do Porto e concelhos circunvizinhos já se encontravam agrupados no Clube Ilusionista Fenianos (Secção do Clube Fenianos Portuenses), resolveu-se apontar numa direcção diferente da prevista formação de uma associação nacional de ilusionistas. Seria a formação de clubes idênticos ao CIF em diferentes zonas do país, nomeadamente, Lisboa, para depois se pensar na criação de um organismo de cúpula que coordenasse a defessa dos interesses da classe a nível nacional. Tal ideia era muito semelhante à perfilhada por José Luís Machado "ZYTTO", a qual foi exposta na "Carta Aberta..." publicada na revista QUATRO ASES de Janeiro de 1976. De certa maneira o CIF tentou proteger-se de um provável esvaziamento de sócios a que a formação de um clube nacional poderia conduzir.
NOTAS DE RODAPÉ
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