sábado, 9 de julho de 2022

1997 - ANO VINTE E CINCO (Parte 1)

 


DESERTO E COMPANHIA

Nas comemoração a S. João Bosco do CIF, actuei na Gala de Close-Up e na Gala de Palco. Nesta, além de ter o papel de apresentador da mesma, encarnei uma personagem (RUIZ DE CACOS) num sketch humorístico que teve como contexto uma hipotética ligação televisiva directa aos "Estúdios da Virgem do Monte" e ao programa que o mágico RUIZ DE CACOS aí estava a gravar. Em tal programa não faltou a presença de uma figura pública convidada (LUÍS MANUEL TROUXA encarnado por MANOLO), a quem o mágico cortou a gravata. 

Tal como no final do mesmo eu referi, este sketch só foi possível ser realizado devido à existência de um mágico muito conhecido do grande público (LUÍS DE MATOS), pois, até então, este género de charge a uma figura pública, só era possível realizar mimando situações relativas a figuras pública de outras áreas artísticas.

Foi o "sucesso" desta apresentação que nos levou (a mim e ao MANOLO) a desenvolver o conceito e a criar a rotina do grupo DESERTO E COMPANHIA. Com tal rotina concorremos, em Magia de Palco, no Estorilmágico Carcais 97 e obtivemos o 3º Prémio. A opinião corrente foi de que merecíamos o 2º Prémio, mas o jovem inglês que o obteve era aluno de RON MacMILLAN, que integrava o júri.

Embora estivesse nesse evento (realizado no início de Novembro) com a preocupação de concorrer em palco (com uma rotina que envolvia a coordenação de oito pessoas), ainda consegui desfrutar de bons momentos como espectador com as actuações, em palco, de PETER MARVEY, JUNGE JUNGE, DANI LARY e LUÍS BOYANO. Na Gala de Close-up, em que também actuou o HELDER, destaco as intervenções de EUGENE BURGER e JUAN TAMARIZ. As conferências foram todas interessantes, mas DARWIN ORTIZ deixou-me com um sabor agridoce, pois nem sempre conseguiu pôr em boa prática as excelentes noções teóricas que transmitiu.



O MÁGICO, ENCONTROS DE SINTRA e "BRAVO, BRAVÍSSIMO"

Em Março deste ano terminou a minha colaboração regular na revista "O Mágico". Tal ficou a dever-se à demissão do respectivo Conselho Editorial, conforme expressei no artigo "Em jeito de despedida". Os mágicos portugueses que possuem (ou que leram) a colecção completa de tal revista podem achar estranho que, tendo eu sido colaborador da mesma, nunca tenha havido a inclusão, na revista, de um "DOSSIER JOMAGUY". Tal aconteceu por minha expressa vontade, pois declinei o convite que, para tal, me foi enviado pelo MAIK MAGIC através de carta datada de 13 de Novembro de 1997.

Entre 4 e 6 de Abril, participei nos Encontros Mágicos de Sintra, no qual o tema Wild Card foi rei e senhor. Isso e a polivalência de "um gajo que eu cá sei" a reorganizar mesas em restaurantes. Após o regresso a casa tomei conhecimento de uma coincidência pouco feliz. O último dia dos Encontros de Sintra deste ano também tinha sido o último dia de vida de ARTURO DE ASCANIO, que havia falecido na sua casa de Madrid com cartas de jogar na mão, enquanto demonstrava, a amigos, algunos de sus juegos. Sobre este assunto escrevi um artigo na revista MAGIA (CIF) de Março/Abril 1997, o qual está reproduzido aqui.

Também foi em Abril que HELDER participou no programa televisivo "Bravo, Bravíssimo".


CONVENÇÃO API - 97

Decorreu entre 18 e 20  de Abril e nela destaco, nas galas, as prestações de JAY SCOTT BERRY, VLADIMIR DANILIN, CLEMENS VALENTINO e PIERRE EDERNAC. A conferência de JAY SCOTT BERRY, sendo muito interessante em si mesma, teve o senão de ser, praticamente, a repetição da conferência que, dois meses antes, apresentara no CIF. Por seu turno a conferência de PIERRE EDERNAC pareceu-me desorganizada. Há, no entanto, que destacar a conferência de TONY KLAUF que complementou a a exposição existente e apresentou a monografia "Bibliografia Portuguesa de Ilusionismo até ao séc. XIX".



O TRUQUE DO CARRO CORTADO AO MEIO

Foi em Junho que RICARDO PEREIRA realizou com sucesso o grande truque da sua vida: escapar incólume de um acidente de viação que mereceu destaque na capa da edição do JN de 15 de Junho de 1997.


MAGICVALONGO

Neste evento, destaco as conferências de PEDRO LACERDA, CAMILO VASQUEZ e MARKO. Aliás MARKO foi uma excelente surpresa enquanto actuante, pois, apresentando truques clássicos bastante conhecidos conseguiu dar aquela volta que os tornou "novidades" muito interessantes. Também relembro a actuação de ZONGO (um mágico espanhol da "velha guarda") e as suas "bandas afegãs".

Amanhã haverá novo post, no qual lembrarei a FISM de Dresden e não só.


O "VEDETISMO" DE UM ARTISTA VERSUS A "SIMPLICIDADE" DE OUTRO

Sob o título "ILUSÕES, MAIS TARDE" foram integradas no PO.N.T.I. (Porto Natal Teatro Internacional) quatro espectáculos mágicos, com artistas estrangeiros que foram "trazidos" até ao Porto por LUÍS DE MATOS. Lembro-me concretamente da presença de DAVID WILLIAMSON no espectáculo que decorreu, em 13 de Dezembro, no Café Concerto do Teatro Rivoli. No final do mesmo, DAVID WILLIAMSON foi até à mesa onde eu estava com o MANOLO e o HELDER e estivemos a conversar durante um bom bocado. Ora, como os bastidores do Café Concerto do Teatro Rivoli não tinham saída directa para o exterior, o LUÍS DE MATOS ficou retido, durante todo esse tempo, no backstage por, nitidamente, não querer juntar-se à "plebe mágica portuguesa" presente. Foi hilariante!


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