MAGIAS À MEIA-NOITE
Este foi o título de uma série de actuações iniciadas à meia-noite (que surpresa...) no Café Concerto do Teatro Rivoli e que integraram a programação do FANTASPORTO em 18, 22 e 26 de Fevereiro deste ano. Além de mim também actuaram MANOLO, HELDER e RICARDO.
Durante o FANTASPORTO, o espaço de Café Concerto funcionava como ponto de convívio dos participantes no Festival, após o final das projecções dos filmes programados. O que ninguém esperava é que pessoas tão envolvidas na chamada "Sétima Arte" não tivessem compreensão e respeito pelo trabalho de artistas cuja Arte não esteja registada num pedaço de celulóide.
E foi isso que aconteceu! Quando os espectáculos começavam, havia pessoas que se mantinham a conversar, de costas viradas para o palco, sem qualquer respeito pelo artista aí presente ou pelos espectadores que queriam seguir atentamente a respectiva actuação. Numa das noites, o alheamento de uma mesa era tão óbvio (direi mesmo, era "provocador") que o MANOLO decidiu que eles tinham que colaborar numa das ilusões e, para tal, atirou algumas cartas gigantes para o centro da mesa... Foi hilariante!
JORNADA MÁGICA DO CMP
No dia 18 de Abril rumei a Mafra para participar na Jornada Mágica do CMP (Clube Mágico Português). Era um evento que se perspectivava muito promissor, pois anunciava três conferências. Infelizmente as expectativas foram completamente defraudadas, pois não houve uma única conferência, além de outras incidências (como, por exemplo, manchar a homenagem a SAIUR) que me levam a considerar este como o pior evento mágico em que, até hoje, participei. A minha apreciação circunstanciada às diversas vicissitudes do evento foi publicada na revista MAGIA (do CIF) de Maio/Junho 1998.
EL PRIMER ENCUENTRO "LA BARRANCA"
Por iniciativa de MIGUEL GÓMEZ e ARMANDO GÓMEZ (e mais alguns mágicos espanhóis), realizou-se o primeiro dos encontros de La Barranca. Num formato semelhante aos "Encontros de Sintra", este encontro realizou-se num hotel das proximidades de Madrid, onde todos os participantes ficavam alojados. A participação não implicava qualquer inscrição (ou seja, não havia nenhum outro custo além dos relativos a viagem e alojamento), mas, para estar presente, era necessário receber o respectivo convite da Comissão Organizadora. Desta forma, tal comissão conseguiu garantir um nível mínimo de conhecimentos mágicos dos participantes (para garantir um andamento fluido dos trabalhos) e limitar o número de participantes de acordo com a capacidade da sala disponível para as reuniões.
Sendo um evento pensado para reunir mágicos espanhóis, foi igualmente aberto à participação de mágicos portugueses. Nesta primeira edição estive presente acompanhado pelo HELDER e pelo RICARDO.
UM SETEMBRO MUITO MÁGICO
Entre 10 e 13 de Setembro estive presente no Congreso Mágico Nacional de Espanha que se realizou em Málaga. Foi o primeiro congresso espanhol a que assisti e foi também o primeiro evento mágico fora de Portugal em que o HELDER viu o seu trabalho ser reconhecido. Concorreu na modalidade de Cartomagia e obteve uma "Mencion Honorífica" como dizem "nuestros hermanos".
Entre os eventos programados destaco as conferências e as actuações de close-up de JOHN CARNEY, ROBERTO GIOBBI e MIGUEL APARÍCIO. Nas actuações de palco o meu destaque vai para VIKTOR VOITKO, JUNGE-JUNGE e PETER MARVEY.
Viria a ter oportunidade de rever estes dois últimos artistas, passadas duas semanas, no MAGICVALONGO. Deste evento também relembro a actuação, no Concurso de Mesa, do MICHAEL em que o prato principal foram... os amendoins! Acho que, durante mais de quinze dias, o HELDER ainda tinha o gosto das cascas de amendoim na boca... É no que dá ser escolhido como "espectador voluntário" e não querer estragar o truque ao amigo mágico.
Por último registo que foi neste ano que "descobri" a magia de SIMON ARONSON, fruto da aquisição dos livros Bound to Please, Simply Simon e The Aronson Aproach.
UM EPISÓDIO CURIOSO
Em 10 de Novembro, o JN deu o destaque que a imagem reproduzida documenta ao facto de CHARLES BROOK ter arrebatado o prestigiado "Trophy John Hart" com que o famoso "Magic Circle" contempla o melhor entre os melhores nesta competição (sic). Ora a notícia transmitiu uma versão errada da situação pois o prémio obtido por CHARLES BROOK não foi numa competição do "famoso Magic Circle", mas sim dum clube mágico muito menos famoso: o Home Counties Magical Society. E o facto do presidente do Magic Circle, Michael Bailey, ter estado presente no evento e ter sido convidado a entregar o prémio não deveria ser usado para misturar alhos com bugalhos. O que é mesmo lamentável é que CHARLES BROOK não tenha aproveitado a reunião do CIF em que este assunto foi abordado para repor a verdade dos factos, alimentando, portanto, a mentira de ter obtido um prémio do Magic Circle.
Este assunto proporcionou-me um reflexão da qual resultou um texto que foi publicado na revista MAGIA (CIF) de Janeiro/Junho 1999 e que está reproduzido aqui.
NOTAS DE RODAPÉ
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